Capítulo 252
Olivia desceu do carro e, sem olhar para trás, seguiu em direção ao condomínio.
Sergio contemplou a silhueta dela se afastando e, em seguida olhou para a nota de cinquenta reais
deixada no assento.
Uma tristeza profunda pairava naqueles olhos expressivos. Sem alternativa, ele ligou o carro e foi
embora.
A meio caminho, Olivia olhou para trás e, ao ver que Sergio havia partido, soltou um suspiro aliviado.
Ao verificar o relógio, percebeu que era hora de pegar os pequenos na escola.
Voltou pelo mesmo caminho e se dirigiu ao jardim de infância para buscar os quatro pimpolhos.
Ela pagara a corrida a Sergio porque não queria ficar devendo nada a ele, e também para evitar que
ele a trouxesse de volta outra vez.
A timing estava perfeito hoje; as crianças tinham acabado de sair da sala de aula e ainda não haviam
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E na próxima vez?
Se por acaso eles estivessem saindo e se deparassem com Sergio a deixando em casa, os pequenos
certamente a chamariam de mãe com entusiasmo.
Então, o segredo dos filhos estaria exposto.
Sergio fazia parte da família Griera, era até sobrinho de Daniel.
Se ele descobrisse, Daniel também saberia. E isso seria perigoso demais.
Por isso, ela tinha que impedir que Sergio a levasse para casa de novo.
Chegando à entrada do jardim de infância, viu os professores conduzindo as crianças formando um
trenzinho. Entre elas, estavam os quatro tesouros da Olivia, andando desajeitadamente como pinguins
em fila, uma cena de derreter corações.
“Mamãe!”
“Mamãe!”
“Mamãe!”
“Mamãe!”
Ao verem a mãe, os olhos das crianças brilharam e elas chamaram com vozes infantis e doces.
Olivia sentiu o coração amolecer.
Com um sorriso caloroso nos lábios, respondeu: “Ei, meus amores, venham cá, a mamãe veio buscar
vocês pra casa.”
Liberadas pela professora, as crianças correram e pularam em direção a ela, jogando-se em seus
braços.
Com os pequenos apertados contra si, o amor maternal transbordou, incapaz de esconder o carinho
por eles enquanto distribuía beijos em suas bochechas macias e cheirosas a leite, um conforto tanto
para o coração quanto para a alma.
“Mamãe, eu te amo”, Iria disse, abraçando as pernas de Olivia.
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“Eu também, amo a mamãe”, declarou Inês com sua pose descolada.
“Eu também, eu amo mais a mamãe!”, exclamou Joel, com sua voz infantil e apressada, como se
temesse ficar de fora.
Após dizer isso, ele se pôs na ponta dos pés, tentando alcançar Olivia para um beijo, ficando com o
rostinho vermelho de esforço. Percebendo a intenção dele, Olivia se abaixou para facilitar, e Joel deu
um beijo estalado em seu rosto, demonstrando seu amor. “Eu também quero beijar”, disse Iria,
aproximando-se com seu rostinho fofo e pressionando contra o rosto contra o de Olivia, deixando um
beijo demorado.
“Eu também quero”, apressou-se Inês, não querendo ficar para trás, e também beijou Olivia.
Heitor observava de lado, claramente querendo participar. Ele também amava muito a mãe e desejava
beijá-la, mas era mais reservado, achando aquilo um tanto infantil.
Seu rosto angelical estava sério, dando-lhe um ar de frieza, mas as sobrancelhas levemente franzidas
entregavam seu desejo.
Olivia captou o que Heitor sentia e se aproximou para beijá-lo suavemente, sussurrando: “O Heitor
também ama a mamãe, e ela sabe disso.”
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