Capítulo 420
Ele pegou Olivia de surpresa com suas palavras, despertando nela um sentimento de inquietação.
Ela não respondeu diretamente, perguntando: “Você cuidou dos ferimentos?”
Naquele dia no hospital, ele estava com o rosto arranhado e mancando, mas se recusava a tratar seus
machucados.
Alguns dias se passaram, e ela não sabia se ele tinha cuidado dos ferimentos ou não.
“Se você vier me encontrar, vai ver,” disse Sérgio.
Olivia falou: “Eu já vou dormir, se não tem mais nada, vou desligar.”
“Se você não sair, eu vou ligar para o Daniel e brigar com ele. Quem ganhar fica com o direito de estar
com você. Pode ter certeza que eu lutarei com minha vida,” a voz de Sérgio estava muito tensa, séria
e urgente, não era um impulso passageiro, nem uma ameaça.
Ele estava disposto a arriscar a vida pela chance de estar com ela.
O coração de Olivia apertou, uma dor aguda e fina.
Naquele dia, Sérgio dirigindo o carro em chamas, aquele jeito louco e sem medo da morte, estava
claro na sua mente.
Ela acreditava plenamente que ele poderia arriscar sua vida por algo assim.
Follow on NovᴇlEnglish.nᴇtE ainda mais, por ela, para lutar contra Daniel.
Qualquer que fosse o resultado, quem sofreria mais seria ela.
Daniel não a deixaria em paz.
Olivia disse às pressas: “Sérgio, não faça nenhuma besteira.”
“Se você não quer que eu faça besteira, então saia. Eu estou esperando em baixo do seu prédio,”
declarou Sérgio.
Em baixo do prédio?
O antigo condomínio, claro!
Esse condomínio ficava a três paradas de ônibus do lugar onde ela morava.
Mas se ela não fosse, Sérgio realmente poderia fazer algo louco.
Olivia disse: “Espere um pouco, estou tomando banho. Quando terminar, eu desço.”
Depois de desligar o telefone, Olivia rapidamente vestiu roupas para sair, pegou nas chaves e a bolsa,
e desceu apressadamente, pegando um táxi para o antigo condomínio.
Ela fez questão de pedir ao motorista do táxi para parar na entrada dos fundos do condomínio.
1/2
15:35
Capitulo 420
Descendo do carro, ela entrou no condomínio e contornou o prédio pelo fundo.
Lá em baixo, havia um Bentley preto estacionado, e um homem encostado nele, vestindo um agasalho
preto e branco, corpo esguio, cabelo castanho–claro, rosto normalmente alegre e suave, agora
coberto por ataduras, parecendo um tanto desolado.
Era Sérgio.
Olivia apressou o passo na direção dele.
Sérgio olhava fixamente para a escada do prédio, mas de repente viu Olivia se aproximando pelo lado,
usando um vestido longo na cor creme, cabelos negros e húmidos sobre os ombros, rosto oval e
pálido emanando um brilho húmido, pura e lindamente como uma estudante do
ensino médio.
Os olhos de Sérgio brilharam por um momento, olhando para ela com profundo afeto e dor.
“Como você veio daquele lado?” perguntou Sérgio.
Olivia desviou o olhar ligeiramente, respondendo: “Eu saí pelo portão dos fundos. O que vocé quer
Follow on Novᴇl-Onlinᴇ.cᴏmcomigo?”
Enquanto falava, Olivia estava meio inquieta, olhando ao redor.
Ao ver as ataduras médicas no rosto dele, ela soube que ele tinha cuidado dos ferimentos. Isso a
tranquilizou.
Sérgio segurou nos ombros dela, finos e frágeis, olhando para ela com seriedade e preocupação:
“Você não se recuperou da ferida na testa e já está lavando o cabelo. E se entrar água e infecionar?”
Ela só percebeu ao se aproximar que o curativo na testa tinha sido removido, e a ferida, uma crosta
vermelha e fresca, estava parcialmente coberta por cabelos.
Sérgio sentiu uma pontada de dor no coração.
Eles estavam tão próximos que ela podia sentir o cheiro dele.
Era um aroma familiar e profundamente enraizado, aquele cheiro que ela inalava tantas vezes
enquanto ele a abraçava, confortada e satisfeita.
Olivia ficou nervosa, ainda mais inquieta, deu um passo para trás para evitar o toque e disse: “Já
cicatrizou, e eu fui cuidadosa ao lavar o cabelo, não vai entrar água.”
212