Capítulo 61
Capítulo 60
Ao saber que o assunto envolvia Amado, Inês reprimiu a repulsa que sentia e, fazendo um esforço para manter a voz serena, falou ao mordomo: “Não se preocupe, estou aqui. Diga ao Amado para descer do carro e vir ao meu encontro. Eu não vou entrar no carro dele.”
Ela permanecia em alerta, lutandotodas as suas forças para evitar qualquer envolvimento com Noe Serpa.
O mordomo não tinha outra opção senão repassar as palavras dela e, ao escutá–las, Noe Serpa riu de desdém e depois gritou para Amado: “Sua mãe está te chamando para sair do
carro!”
Amado, como se tivesse sido agraciadoum perdão, saltou do veiculo e tropeçou em direção aos braços de Inês.
“Mãezinha!” A voz trêmula do garoto alcançou–a, fazendoque os olhos de Inês se enchessem de lágrimas: “Estavasaudades da mamãe esses dias?”
Follow on NovᴇlEnglish.nᴇt“Muitíssimas, muitissimas!”
Para consolar Amado, Inês se abaixou, acariciou seus cabelos macios e escuros, e dissea voz embargada: “A mamãe pegou uma gripe recentemente, mas não se preocupe.”
–“Ah, que pena!” – Amado sacudiu a cabeça como um adultinho: “Sem mim por perto, você se
descuida!”
Inês não conseguiu evitar um sorriso diante das palavras de Amado, mas logo sentiu um aperto no coração e murmurou: “Pois é… sem você, a mamãe mal consegue dormir.”
“Então vouesforçar para voltar.” – Amado olhou para Inêsseus olhos claros e brilhantes, e o brilho neles fez o coração dela vibrar. Ele disse: “Mãezinha, mantenha a fé. Eu sempre penso em você, e você também precisa fazer o possível paratrazer de volta para casa um dia!”
Inês sentiu os olhos se encherem de lágrimas novamente: “Está bem, a mamãe promete. O Sr. Serpa está te tratando direito?”
Amado respondeu deliberadamente: “Muito bem, as refeições são todas de primeira!”
O rosto de Inês mudou ao ouvir o menino continuar: “Mas mesmo assim, quero voltar para ficar com você, mesmo que a comida que você prepara esteja sempre um pouco passada do ponto.”
Dessa vez, Inês não conseguiu segurar as lágrimas, abraçou Amado e chorou: “Amado… a mamãe falhouvocê… a mamãe não tem como te defender…”
Por que, por que você tem que ser filho de Noe Serpa? Por que não pode ser só meu, para que ninguém mais possa interferir no nosso mundinho de mãe e filho?
A realidade é dura, por mais que tentasse fugir, sempre era arrastada de volta. Noe Serpa
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queria disputar o filhoela, e ela se sentia impotente para resistir.
Amado, ao ver a mãe chorar, também se entristeceu: “Mãezinha, não chore. Pelo menos o Sr. Serpa nãofaz mal. Talvez quando eu crescer um pouco, possa conversarele. Não estamos sem
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Veja só, seu filho de apenas cinco anos, se esforçando ao máximo para voltar para o seu lado.
Inês se sentiu abençoada por ter um filho assim.
Ela sorriu e acariciou o rosto de Amado: “Sempre soube que você era bomas palavras. Prometa para a mamãe, assim que eu superar essa fase difícil, vou te buscar para morarmos juntos novamente.”
Amado estendeu o dedinho: “Promessa de mindinho!”
Inês se levantou, deu uns tapinhas no ombro de Amado e disse: “Vamos, está na hora de você voltar.”
“Eu queria ficar mais um poucovocê…” – Amado fez bico: “Está tão apressada emmandar embora, né.certeza é porque você acha que eu sou um estorvo!”
“Quem te ensinou a dizer isso?” – Inês oscilou entre o riso e a lágrima: “A mamãe está preocupada que você também pegue um resfriado aqui fora.”
– Amado apontou para trás de Inês: “Eu pensei que você queriaafastar porque está
desenvolvendo um novo relacionamentoaquele tio!”
Inês ficou petrificada e, ao se virar, viu um homem de cabelos loiros e olhos azuis parado ao vento, com o pôr do sol tingindo seus olhos de um laranja quebradiço e brilhante, dando–lhe um olhar långuido e embriagador. Ele era alto e imponente,as mãos nos bolsos, um sorriso maroto no rosto, e um ar de modelo que exalava uma presença irresistível.