Depois de ter um surto, acabeisentindo aliviada; a Luna do passado ja havia morrido.
Eu ndo era mais a Luna.
N&o seria mais manipulada pelo Adonis.
Os pesadelos que elecausou e os favores do passado, eu ja tinha retribuido.
Ha muito tempo n&o Ihe devia nada; era ele quemdevia.
Quando estava de saida, meu celular tocou.
Era a Mafalda.
“Lana, a policia conseguiu recuperar o celular da Luna. A gravagao da Ultima ligagao que ela fez antes de morrer
Follow on NovᴇlEnglish.nᴇtfoi... encontrada”.
Antes de ir para Vila Velha, gravei toda a conversa que tiveMorgana.
Foi a decisdo mais inteligente que tomei.
Eu nado confiava em Morgana, desde que elaacusou de té-la empurrado escada abaixo.
Fico feliz por ter gravado tudo.
“Eu ja contei ao Adonis, vocé quer vir e ouvir?”, perguntou Mafalda.
“Claro que sim. Vou aproveitar a oportunidade para ver a cara do Adonis”, eu disse, quase rosnando, tamanha
era a minha antipatia por ele.
Agora, finalmente, eu podia entender por que aquelas mulheres frageis e delicadas se tornavam perseguidoras
apds a morte; o 6se acumulaa morte e nao desaparece.
O quanto eu 0 amava em vida é proporcional ao quanto eu esperava que elesalvasse no momento da minha
morte, e agora o quanto eu o odeio.
“E uma pena que Morgana tenha dito que estavador de estémago e foi para o hospital. Seria interessante
se ela viesse”, disse Mafaldauma voz profunda.
Talvez a Unica pessoa que odiava Adonis e Morgana tanto quanto eu era Mafalda.
Eu ri ironicamente: “Ela? Ela ja ouviu a histéria do lobo mau tantas vezes... quem sabe se é uma dor de barriga
ou se ela esta apenas fugindo.”
Mas isso nao importava, ndo era mais relevante. Observar a expressdo de Adonis seria divertido o suficiente.
“Vou assistir ao show”, eu disse, desligando o telefone e sorrindo para o Fabio.
Ele pareceu confuso por um momento e depois falou, um pouco rigido: “Vocé ainda... odeia ele?”
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Eu sabia que ele estava se referindo ao Adonis.
“Eu o odeio”, respondisinceridade.
Ele soltou minha mé&o lentamente e olhoualtivez para fora da janela do carro.
Eu estava confusa.
“Ele ndo é uma boa pessoa...”. Depois de um silénconstrangedor, Famurmurou, ainda olhando pela
janela: “Ele nado merece isso”.
N&o achei que Fativessereconhecido; na melhor das hipéteses, pelo que parece, eleviu como uma
substituta.
Ele se virou e olhou para mim, furioso como um cachorro grande e provocado: “Eu sou... mais obediente.”
Ele disse que era mais obediente.